RESENHA DO LIVRO: A GAROTA NO TREM



Título: A Garota no Trem
Autor: Paula Hawkings
Editora: Record
PREÇO CAMARADA: R$22,40 na Saraiva
Sinopse: Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota no trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.
Adicional:  O Filme estreia dia 27 de setembro nos cinemas!

RESENHA:
Eu A-M-E-I esse livro! Depois de ler "Caixa de Pássaros", fazia tempo que eu não lia um livro de thriller e amava, mas A Garota no Trem mudou isso. Li o livro em um dia.

A história de Rachel, nossa protagonista, é marcada por alcoolismo e tristeza. Separada do marido há dois anos, ela não consegue superar o fim do casamento, muito menos depois que Tom a largou por outra, Anna, e em sua antiga casa agora mora com ela e sua filha bebê, Evie.

Rachel mora com uma antiga colega e esconde dela que perdeu o emprego, por medo de ser expulsa de seu apartamento. Para manter a farsa sobre sua rotina de trabalho, ela todos os dias pega o mesmo trem e só volta na hora que estaria deixando o serviço. Esse percurso diário a faz conhecer Jason e Jess, um casal que ela assiste a vida por alguns segundos, todos os dias quando o trem para em um sinal na rua onde ela costumava morar com Tom. Enquanto assiste suas vidas, ela se sente quase que parte daquela realidade, sente que os conhece apesar de nem saber seus verdadeiros nomes. Seus sentimentos mudam por Jess quando Rachel a testemunha trair Jason.

Magoada com o que viu e com todos os desastres de sua vida, Rachel sai para beber e no outro dia acorda em casa, machucada e sem memórias sobre a noite que passara. Tudo piora quando ela descobre que esteve na rua de Tom, em sua casa, e que nessa mesma noite Megan foi dada como desaparecida. 

Querendo ajudar Scott, ou Jason como ela o chama, Rachel se envolve com a polícia para informar sobre o amante. Tentando relembrar detalhes sobre a noite em que Megan desapareceu, Rachel embarca no mistério por trás do seu desaparecimento, se aproxima de Scott e atormenta ainda mais Tom e Anna, até que isso se torne um risco de vida para ela.  

O livro é muito gostoso de ser lido! Ele mostra três pontos de vista: o da Rachel, o da Anna e o da Megan. Só no final do livro você vai saber o porquê disso. Tirei uma estrelinha porque achei o final pouco surpreendente, apesar do livro ser surpreendente do início até os últimos capítulos. Outra coisa que me incomodou um pouco é a postura auto destrutiva de Rachel com a bebida. É claro que o livro aborda o alcoolismo e suas consequências, mas a doença acentua mais os traços inconvenientes da personagem. Apesar de Rachel não ser a mocinha padrão, acho que o realismo da sua situação é o que prende o leitor. Dá sim para se identificar com ela apesar de tudo.  

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